domingo, 6 de novembro de 2011

COMO SUPERAR UMA DESILUSÃO?

 ? Eu queria que as coisas não fossem assim, que após uma noite de amor viessem muitas outras, que o encanto não se quebrasse tão depressa...
Eu queria que a felicidade não fosse tão frágil, o desejo tão efêmero, a paixão tão inconstante...
Queria poder escrever um romance ao invés de um conto, que a minha sensibilidade, o meu romantismo, a minha vulnerabilidade fossem fatores positivos e não negativos.
Queria que os amores fossem possíveis, mesmo as histórias não sendo perfeitas
Queria sentir que pertenço a alguém, mesmo sabendo que, como na música, "Ninguém é de ninguém", e o alvo do meu desejo, do meu encanto, da minha paixão, pode dizer, sem que eu esteja preparada para ouvi-lo , que foi tudo um sonho e acabou, que o encanto se quebrou, que as coisas nem sempre correspondem às nossas expectativas...
A verdade é que, mesmo que estejamos "preparados," são palavras que nos abalam, que nos ferem, que nos marcam. Nunca se está verdadeiramente preparado para uma desilusão.
O poeta imortalizou: "Temos braços longos para os adeuses" mas, antes do adeus, existem as mãos, os lábios, a voz, pernas e, sobretudo, um sistema nervoso à prova de balas, pois quando nos entregamos de fato, quando doamos algo mais que o corpo, temos que estar preparados para o que der e vier.
Há uma música do Chico Buarque cujo trecho explica com clareza o que quero dizer: "Ah! Se já perdemos a noção da hora, se juntos já jogamos tudo fora, me conte agora como hei de partir?"
Depois da entrega, como sufocar o pranto e o desejo?
Depois da entrega, como reprimir a dor, como camuflar o desencanto, como desfazer-se da ternura?
Quantas noites a relembrar a magia do encontro, a questionar os desígnios do Sr. do Tempo?

Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/1764465-como-superar-uma-desilus%C3%A3o/#ixzz1cvqklbfL

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